Dor no peito (caixa torácica)
A caixa torácica é composta pelas costelas, osso esterno e a coluna torácica, possui a forma de um arcabouço ósseo, que tem como principal objetivo proteger os órgãos vitais localizados em seu interior (coração, pulmão, fígado, baço, parte superior dos rins).
Nessa região possui muitas estruturas, musculares, articulares, ósseas, ligamentares e orgânicas que podem desencadear dores
Problemas vertebrais (torácicas): A dor no peito (caixa torácica) pode ser desencadeada por disfunções da coluna torácica proveniente de diversas causas, como traumas, sobrecarga, má ergonomia, tensões, dentre outros, podem acarretar em stress articular. Estes problemas articulares vão afetar diretamente o esterno, pois as costelas se articulam nas vértebras e depois diretamente no osso esternal (“peito”). E a disfunção vertebral, pode gerar maior sensibilidade dos nervos intercostais que aumentam os sintomas no esterno (tórax).
Sintomas: A Dor no peito piora em determinados movimentos do tronco (rotação, inclinação e extensão), ou durante as respirações profundas. Dor ao “abrir” a caixa torácica mas sente a necessidade de, e sensibilidade ao toque
OBS.: Não necessariamente o paciente precisa ter algum problema ou patologia séria na coluna (na torácica dificilmente apresentará hérnias ou protusões). As vértebras vão apresentar sintomas de sobrecargas (inflamação) e tensões, que são possíveis de tratar a partir de técnicas específcas.
Esterno: As dores no peito (caixa torácica) possuem muita relação com o osso esterno, decorrente principalmente de traumas, torções, “mal jeito”, muito esforço muscular com o peitoral maior, causam disfunções e tensões na região principalmente costocondral (cartilagem costal e o esterno) e nos ligamentos radiados anteriores
Sintomas: Dor pontual no peito (caixa torácica), que piora em determinados movimentos e ao pressionar a caixa torácica. A dor pode piorar ao contrair os abdominais, peitoral maior, tossir e espirrar
OBS.: Quando houver trauma é muito importante passar em um pronto atendimento para o exame radiológico para excluir possíveis fraturas ou luxações. Se não houver é possível tratar com técnicas articulares, musculares e ligamentares para a melhora do quadro clínico.
Costelas: As costelas se articulam com as vértebras e com o esterno. Como elas possuem a função de proteger os órgãos de passíveis de traumas, são regiões que apresentam muitas disfunções traumáticas. Não somente de traumas, mas também sobrecarga de força muscular, movimentos com grande amplitude podem gerar disfunção costal, isso inclui tosse e espirros.
Sintomas: Dor no peito nos movimentos do tronco (rodar, fletir ou inclinar), dor ao respirar fundo, ao pressionar a caixa torácica, tossir, espirrar, podendo ter ou não sintomas musculares (dor ao contrair os músculos das costas) e neurológicas (nervos intercostais – dor em faixa). Apoiar sobre as costelas também pode desencadear fortes dores
OBS.: Realizar o exame por imagem em caso de traumas diretos, pois pode apresentar uma fratura ou luxação. Se não houver nenhum problema importante, é possível tratar as costelas.
Músculos: Diversos músculos podem irradiar dores no “peito”, principalmente os que se inserem na região esternal, como o peitoral maior, intercostais, reto abdominal e os músculos posteriores do esterno chamados de transverso do tórax. As alterações da tensão muscular causada por esforços excessivos (manobras de valsalva, tosse, espirro, levantar um peso) problemas ergonômicos, pode aumentar o trabalho muscular e gerar tensões e disfunções.
Diafragma: É uma musculatura muito importante para a nossa sobrevivência, sua contração gera uma pressão negativa dentro da caixa torácica. O diafragma possibilita ¨sugar¨ o ar para dentro dos pulmões e seu relaxamento causa a expulsão do ar. É uma musculatura que envolve várias partes do corpo, ele se liga às ultimas costelas, no esterno, vértebras lombares principalmente. O diafragma como qualquer musculatura pode tensionar ao esforço excessivo, traumas, problemas em órgãos (pulmão, coração, fígado e estomago) e até mesmo emocionalmente (estresse).
Sintomas: A dor no peito piora com a contração e alongamento muscular, pressão no tórax, pode irradiar para as costas ou em faixa pelas costelas. O paciente refere previamente alguma sobrecarga muscular, como tosse, espirro, exercícios, etc e esses esforços pode aumentar as dores.
OBS.: As disfunções musculares dificilmente são diagnosticadas por imagem, e sim por exame clínico. Existem diversas técnicas eficazes na melhora dos sintomas dolorosos.
Problemas digestivos: As dores no peito pode ser decorrente de problemas digestivos principalmente no refluxo gastroesofágico, pois quando o suco gástrico vence a pressão do esfíncter e sobe ao esôfago, a sensação de “queimar” o esôfago pode produzir dores no “peito” como se fosse uma angina.
Sintomas: Dor no peito que piora em algumas horas do dia após as refeições ou principalmente durante a noite e logo pela manha quando houve muito refluxo noturno. O aumento da tensão na cervical e no trapézio também pode ser observado.
OBS.: É muito importante consultar um gastroenterologista e iniciar o tratamento e diagnóstico específico antes de iniciar qualquer tratamento de reabilitação musculo-esquelética.
Problemas pulmonares: As patologias pulmonares normalmente irradiam dores na região do peito (caixa torácica). Qualquer alteração pulmonar, brônquica ou pleural pode referir dores que pode irradiar por toda a região da caixa torácica (anterior, lateral ou posterior).
Sintomas: As dores no peito nestes casos sempre estão associadas aos sintomas pulmonares, como sensação de peso, cansaço, falta de ar, tosse, febre, dor ao respirar fundo, tossir e espirrar, associado à indisposição e muitas vezes com ruídos pulmonares patológicos.
OBS.: É muito importante passar no pneumologista e iniciar o diagnóstico e o tratamento específico.
Problemas cardíacos: A dor no peito por problemas e patologias cardíacas são chamadas de angina. Como o coração, pericárdio e o diafragma se localiza logo atrás do esterno, qualquer problema no coração pode gerar espasmos de contração ou isquemias com dores referidas.
Sintomas: Dor no peito constante, com sensação de opressão torácica e falta de ar, alteração digestiva, sudorese excessiva, dores e formigamentos cervicais e no membro superior (geralmente esquerdo), que pode piorar nas atividade físicas.
OBS.: É extremamente importante passar no cardiologista e iniciar o diagnóstico e o tratamento específico o mais rápido possível ao sentir estes sintomas.
Sequelas pós-cirúrgicas: Qualquer tipo de cirurgias na caixa torácica ou nos órgãos próximos ao diafragma podem gerar dores e limitações na região torácica e no “peito” pode houver algum tipo de fibrose ou tensão nos tecidos cicatriciais internos. Como os órgãos estão estabilizados por uma série de ligamentos que se inserem nos músculos e ossos do tronco, uma tensão tecidual pela falta de mobilidade pós-cirúrgica pode repercutir em dores referidas.
Sintomas: Dor contínua que agravou após a intervenção cirúrgica, as limitações articulares é um sintoma muito comum.
OBS.: Somente as fibroses mais espessas são possíveis diagnosticas via imagem, as tensões e outras fibroses menores que causam repercussões dolorosas são diagnosticadas clinicamente. Se o paciente começar referir dores após algum tipo de cirurgia (até 1 ano) essas dores possivelmente tem relação.
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